Ter animal de estimação exige dedicação e dinheiro
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Ter animal de estimação exige dedicação e dinheiro

Matéria publicada no Jornal edição do Brasil  .
Fonte de entrevista - Ricardo Tamborini - Adestrador e especialista em comportamento canino

Ter animal de estimação exige dedicação e dinheiro

Ter animal de estimação exige dedicação e dinheiro

Os animais de estimação podem trazer vários benefícios para a saúde, como diminuir o colesterol ruim, a pressão arterial e o estresse do dia a dia. Vários estudos sobre o assunto já foram divulgados, como é o caso da pesquisa da Fundação Nacional Australiana que comprovou que as pessoas tutoras de cachorros possuem menos tendência de ter problema de colesterol, pelo fato de terem que passear com o animal, além das brincadeiras dentro de casa.

No entanto, um bicho de estimação requer muita responsabilidade e atenção, além de disponibilidade financeira para gastar com veterinário, vacinas e ração. O médico veterinário Manfredo Werkhauser, conselheiro do Conselho Regional de Medicina Veterinária de Minas Gerais (CRMV-MG), diz que as despesas são de aproximadamente R$ 150 mensais com ração e, se for filhote, tem mais R$ 300 das primeiras doses da vacina, obrigatória aos animais de estimação.

Para o médico, o primeiro aspecto para se analisar antes de ter um animal é qual a raça que mais se adapta ao seu estilo de vida. No site tudosobrecachorros.com.br têm dicas e as características de cada animal. “Não adianta colocar um Golden para morar em um apartamento pequeno. Esse tipo de cachorro precisa de espaço”.

Vida de cão
A jornalista Larissa Souza, 21 anos, tutora de uma Golden Retriever de 8 meses, conta que decidiu ter um animal durante o período em que cursava a faculdade e se sentia muito sozinha em casa. “A princípio, eu queria um Yorkshire, por ser uma raça pequena e que se adaptaria a minha casa. Mas quando eu vi que uma mulher estava doando Goldens, resolvi pedir uma fêmea para ela”.

Ela conta que, antes da chegada de Pepita à sua casa, pesquisou bastante sobre a raça e suas principais características, mas ainda assim teve dificuldades no começo. “Naquela época, eu era estagiária, não ganhava muito e tinha pouco tempo para dedicar a cadelinha. Se eu tinha R$ 50, comprava R$ 25 de comida para mim e R$ 25 para ela”.

Larissa diz que, após um dia cansativo de trabalho, chegou em casa e deparou-se com o lixo espalhado pela casa. “Juro que a minha única reação foi chorar. Eu não tinha forças para começar a limpar aquela bagunça”.
O adestrador e especialista em comportamento canino, Ricardo Tamborini, diz que os Golden tem fama de ser “cão da família” devido à sua beleza e passividade, as pessoas o escolhe sem saber que ele tem muita energia. “O ideal é que os tutores levem essa raça para passear duas vezes ao dia por, aproximadamente, 35 minutos, além de disponibilizar vários brinquedos”.

A falta de tempo também é um problema da tutora da Lhasa Apso, Laika, de 2 anos. A comerciante Paloma Siqueira, 24 anos, afirma que ela e o marido, Emílio Samuel da Cruz, estavam querendo ter um “filho de quatro patas” e o falecimento de sua avó foi crucial para adquirirem a cachorrinha. “Queríamos uma Shitzu e compramos a Laika achando que ela era essa raça, porém o tempo foi passando, o narizinho dela cresceu e reparamos que era uma Lhasa. Não reclamos porque já havíamos criado amor por ela, independente da raça”.
Dona de um gênio muito forte, a cadelinha é a atração central da casa. “Quando eu e o meu marido estamos chegando do trabalho, ela sempre nos espera na porta. Laika é muito carinhosa”.

Como Paloma viaja com frequência, Laika apresenta um comportamento agressivo sempre que volta para Belo Horizonte. “Acho que ela se sente sozinha aqui em BH e lá ela tem todo o espaço para brincar”.
Tamborini comenta que o Lhasa Apso tem forte tendência a ser dominante e a não tolerar tantas pessoas e outros animais diferentes. “Se o Shitzu é uma raça mais tranquila, o Lhasa são mais agitados. Mas, qualquer comportamento pode ser mudado de acordo com a educação”.

A Bulldog Nutella chegou na vida da engenheira Natiely Miranda, 24 anos, depois da perda de outra cadelinha que já era idosa. “Queria cachorros que fossem parte da família. Então, esperei me formar na faculdade para ter mais tempo de dedicação e condições financeiras para proporcionar bem-estar aos bichinhos”.

Natiely conta que visitou vários canis antes de escolher Nutella. Mas mesmo com todo esse cuidado, a cadela teve problemas de pele. “O último que visitei, era o menos comprometido. As cadelas tinham um lugar minúsculo para ficar, estavam infestadas de pulga e não recebiam nenhum carinho. Foi nele que a Nutella me olhou e já veio com toda a ‘levadeza’ brincando e eu não resisti”.

Após a chegada de cachorrinha, a casa recebeu outro membro: o Bacon. “Nutella estava muito sozinha e resolvi comprar outro Bulldog. Hoje, ela tem um ano e três meses e ele está com um ano. “Eles são extremamente carinhosos, engraçados e já conquistaram até o meu pai, que não gostava de cães. Agora, toda vez que ele passa no supermercado já compra cenoura para os ‘netos’”.

Por ser uma raça que ficou mais conhecida no Brasil, após uma propaganda, Tamborini alerta que os Bulldogs devem ter muita atenção dos tutores e que a raça também requer tempo para a prática de atividades. “É preciso levar o cachorro para passear, afinal ele possui muita energia. Mas tudo com moderação”.

O especialista ressalta que cachorro é muito parecido com as crianças, pois ambos precisam ser educados de acordo com o que o tutor avalia ser certo ou errado. “Nenhum animal nasce com medo ou agressivo, eles são estimulados a isso”.

Fonte de entrevista - Ricardo Tamborini - Adestrador e especialista em comportamento canino

 

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