Quem dá a patinha é o dono
Compartilhe isso:

Quem dá a patinha é o dono

Quem dá a patinha é o dono

O adestrador de humanos .

Treinador de cães, Ricardo Tamborini prefere educar os donos dos animais

Por:Luiz Neto
Sobre: Ricardo Tamborini

Em 99% dos casos de mau comportamento canino a que ele atende, o problema está no dono.
Por isso o especialista em adestramento de cães Ricardo Tamborini (foto) parte do princípio de que para cuidar do animal é preciso educar o dono primeiro. 
Adestrador
Com a agenda lotada em São Paulo, ele acaba de comprar uma casa no Rio de Janeiro para dar atenção a sua extensa carta de clientes pela Barra, bairro que, segundo ele, é um dos que têm a maior concentração de cães do mundo.

Tamborini trabalha hoje com dois tipos de atendimento: A consulta comportamental presencial (realizada na casa da família com cerca de duas horas de duração); e a consulta a distância (com a mesma duração e realizada por chamada de vídeo pelo Skype), ambas como custo de R$ 450.
“Um único atendimento é o suficiente para resolver o problema, pois os proprietários recebem todas as instruções para continuar o trabalho”, explica ele, que é considerado o melhor adestrador e comportamentalista da atualidade.

Tamborini é ainda o instrutor técnico do Grupo de Treino Dog Protege, formado por policiais militares, guardas civis e adestradores profissionais. Segue um bate-papo com a fera (o humano, logicamente).

Afinal, é mais fácil adestrar o dono ou o cachorro?

“Os cães compreendem e aprendem com muita facilidade tudo que lhes for ensinado.
Em minutos, com dedicação e paciência, podemos ensinar truques incríveis ou moldar o comportamento deles.
Seres humanos são geniosos, normalmente se negam a assumir seus erros e, por conta disso, me dão mais trabalho.
Em 99% dos casos que eu atendo, o problema é sempre com os donos”.

Como é feito o atendimento e quanto tempo leva?

“Em média leva duas horas.
Inicio conversando com os donos e analisando o cão para saber o que realmente está acontecendo.
Procuro saber quais as principais causas do mau comporta-mento.
Em seguida, faço testes para avaliar o temperamento do cão e como ele reage aos estímulos e frustrações aos quais vou expô-lo.
A partir daí, começo a orientar os donos para estimularem em seus cães o comportamento desejado e corrigirem os indesejados.
Nos dias subsequentes, os donos ficam responsáveis pela continuidade do trabalho.
A repetição diária da nova rotina e dos novos hábitos molda o comportamento”.

Que tipo de comportamento geralmente observa nas pessoas que mais influencia negativamente o cão?

“Quando falamos em “erro dos donos” na educação de seus cães, a humanização surge como o principal.
Tratar e educar o animal como um ser humano pode ser mais fácil, agradável e facilmente compreendido por humanos. Porém, é conflitante e confuso para o animal.
A fase de formação do Tamboscaráter de um cão se inicia no segundo mês de vida e vai até o oitavo ou nono mês.
Nesse período é que ele descobre quais são as regras e os limites da casa e de seus donos.
É também quando ocorre a maioria dos erros.
Ver um filhote destruindo objetos da casa, latindo, rosnando e mordendo a barra da calça de seus donos é engraçadinho para algumas pessoas.
O cão não é repreendido porque a maioria pensa que é só uma fase e que, quando esse filhote se tornar adulto, o comportamento automaticamente vai se transformar.
Mas não é assim que funciona. Tudo que esse cachorro aprende quando filhote carregará pelo resto da sua vida.
E, quanto mais velho for, mais terá fixado esses comportamentos em sua memória”.

Que dificuldade costuma encontrar para mudar o comportamento do dono de um cão?

“Fazer com que os donos compreendam a necessidade de mudança de postura em relação a aos cães. Trazer para o dia a dia o equilíbrio entre os “mimos” e as “correções”.
O cão precisar ver seu dono como um líder, e não como um membro fraco da sua matilha”.

Que caso de sucesso citaria em que o dono agradeceu a você pela mudança de comportamento do cão?

“Recebi uma ligação de uma cliente desesperada, dizendo que seu cão, um Spitz Alemão de 2 anos, latia excessivamente.
Por conta disso, ela estava tendo problemas com os vizinhos e foi intimada pelo condomínio a resolver o problema em 24 horas, sob ameaça de ter que se desfazer do animal.
Fiz o atendimento nesse mesmo dia e, em menos de 15 minutos, resolvemos o problema”.

O que fez afinal para o cão parar de latir?!

“Tenho que guardar o segredo na manga.
E depende muito de cada caso”.

Aqui pela Barra, em muitos locais, as pessoas reclamam de donos que passeiam com os seus cães sem a guia.

Quem está certo nesse caso?!

“Para convivermos em sociedade sem conflitos, temos que agir de acordo com o local que frequentamos.
Para sair com o cão sem a guia ele precisa ser sociável e bem educado.
Um cão que não respeita o dono coloca em risco a integridade de outros animais, das pessoas e até mesmo a dele. Vale lembrar que não são todos que gostam de cães. Temos que respeitar isso”.

Mais informações sobre o adestrador, através dos telefones:
SP: (11)99940-6464
RJ:(21) 99762-6402
ou no site www.ricardotamborini.com.br

 

Veja essa matéria no site do Jornal A Folha do Bosque

Clique aqui

 

Compartilhe isso:

Gostou desse artigo? Deixe o seu comentário!

Esse site utiliza o Akismet para reduzir spam. Aprenda como seus dados de comentários são processados.